Data: 06/04/2017
Há um ano, em abril de 2016, a Lei 13.267/2016 – batizada de Lei da Empresa Júnior – foi aprovada pelo governo. Essa aprovação regulamentou o funcionamento desse tipo de companhia, conferindo as condições da sua prestação de serviços para os seus clientes.
Mas você sabe ao certo o que é uma empresa júnior?
Uma empresa júnior, segundo explica Andrei Golfeto, presidente da Brasil Júnior (associação das empresas juniores brasileiras), é uma categoria organizada por estudantes universitários, que se tornam responsáveis pela criação de empresas dentro das instituições de ensino. Hoje em dia há 111 universidades no país que contam com algum tipo de empresa júnior em funcionamento. “A empresa júnior presta serviço como uma empresa normal de mercado. É um serviço real, que inclui toda a pressão da entrega”, explica Golfeto.
Para que serve?
Os principais objetivos da empresa júnior é fazer com que o estudante universitário aprenda a gerir um negócio e consiga ajudar pequenos negócios a crescer. Esse segundo ponto, inclusive, é muito explorado já que, de acordo com o presidente da Brasil Júnior, 98% dos clientes atendidos por empresas júnior são pequenos e médios empreendedores.
Mas, se uma empresa júnior se comporta como uma empresa regular, qual é seu grande diferencial no mercado?
A resposta está justamente no valor cobrado pelo serviço: uma empresa júnior cobra, em média, 25% do valor de mercado. O ticket-médio desse tipo de empresa, conforme dados de projetos e faturamento das companhias associadas ao Brasil Júnior, é de R$ 2.200,00. “Uma ótima oportunidade para o empreendedor realizar serviços que costumam sair caro no mercado”, destaca Golfeto.
Ano de crescimento
Por conta da regulamentação da categoria em 2016, o número de projetos desenvolvidos pelas empresas ligadas à associação aumentou 80%. Somente no ano passado, as 444 empresas juniores associadas desenvolveram 4900 projetos, com um faturamento total de R$ 11 milhões. Esse montante teve como única destinação o desenvolvimento das próprias empresas, uma vez que, de acordo com a lei, todo o faturamento obtido deve ser reinvestido na própria empresa.
Para 2017, a expectativa é de que a associação tenha 565 empresas associadas, 10 mil projetos finalizados e um faturamento de R$ 18 milhões. “O nosso objetivo é posicionar a empresa júnior como uma escola de empreendedorismo. Com a lei, essa responsabilidade aumentou”, conclui Golfeto.
Fonte: Grupo Skill