Indústria, educação, TI: confira quem está pagando mais aos recém-contratados

Data: 09/08/2017

Não por acaso, entre as dez posições que mais ganharam novas vagas de janeiro a junho, seis estão direta ou indiretamente ligadas ao setor, conforme levantamento feito pela BBC Brasil com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 26 mil “volantes da agricultura”, antigamente chamados de boias-frias, quase 50 mil trabalhadores no cultivo de café e de árvores frutíferas e 12,8 mil tratoristas.

Apesar da concentração no setor agrícola – onde os contratos costumam ser temporários e a demanda por mão de obra, maior na primeira metade do ano – e dos efeitos negativos da crise sobre o emprego, há oportunidades também fora do campo. Alguns ramos da indústria e dos serviços, por exemplo, não apenas contrataram mais, como estão pagando maiores salários aos recém-contratados.

No topo da lista, o cargo de alimentador de linha de produção gerou 42,5 mil postos formais, quase o dobro do saldo registrado no mesmo período de 2016, 23,9 mil. Quem desempenha essa função atua diretamente nas esteiras das linhas de montagem nas fábricas de alimentos e bebidas, por exemplo, ou abastece o maquinário na indústria da borracha, do plástico, de máquinas e equipamentos e de materiais elétricos.

O salário médio de admissão cresceu 7,3% entre o primeiro semestre do ano passado e o mesmo período deste ano, para R$ 1.257,32. Santa Catarina foi o Estado que, em termos proporcionais, mais contratou nessa posição. Foram 7,4 mil novos postos com carteira, para um universo de aproximadamente 650 mil funcionários na indústria catarinense. São Paulo registrou número maior de admissões em termos absolutos, 12,9 mil, mas possui um universo bem maior de trabalhadores, de 2,5 milhões.

 Algumas das melhores oportunidades para quem procura emprego na indústria do Estado, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, estão no ramo metalúrgico, cuja produção cresceu 22,7% de janeiro a maio. O salário do ajustador mecânico catarinense avançou 21,7% na comparação com o primeiro semestre do ano passado, para R$ 1.713,30. Na média nacional, a remuneração dos mil novos contratados nessa função, responsável pelos reparos e pela manutenção das máquinas nas fábricas, avançou 15,3%, para R$ 1.542,70. “Há um sentimento de que tudo está parado, mas isso não é verdade”, diz Côrte, referindo-se à percepção de crise que predomina entre muitos brasileiros.

Maiores salários

A educação está entre os segmentos que mais elevaram os salários de contratação. Os mil docentes admitidos em universidades pelo país entre janeiro e junho que atuam na área de prática de ensino ganham em média 18,1% mais que os colegas que conseguiram emprego no primeiro semestre de 2016, R$ 2.034,39.

Fonte: G1

Posted in Notícias Geral.