Judiciário e CGU estão entre os órgãos menos propensos a aderir ao PDV

Data: 26/07/2017

“No Judiciário, o peso da folha de pagamento é grande não apenas pelo número de funcionários, mas porque é onde estão os maiores salários”, afirma o professor da FGV-SP Nelson Marconi. “Um servidor desses dificilmente vai entrar no programa de demissões”, avalia. “Pela quantidade de privilégios e nível dos salários, não deverá haver interesse em aderir”, diz William Nozaki, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

É natural que as pastas cuja atividade dependa essencialmente de mão de obra sejam aquelas com maior comprometimento de verba -ainda assim, a taxa de algumas delas “salta aos olhos”, afirma. O órgão com orçamento mais vinculado aos pagamentos é a CGU (Controladoria-Geral da União), com 60,7% destinados a pessoal ativo. Entre as dez pastas com a maior participação também estão: Advocacia-Geral da União, Ministério Público, Justiça do Trabalho, Justiça Federal e Justiça Eleitoral.

O PDV, em análise pelo governo, pode ajudar a cumprir a meta fiscal, mas não é um mecanismo de economia de gastos efetivo, diz Marconi. “Seria preciso estudar onde há excesso de pessoal, para direcionar os cortes. Outra medida poderia ser a redução da jornada de trabalho.”

Fonte: Folha de São Paulo

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